segunda-feira, 28 de abril de 2008

Por momentos afastada da realidade...

Um longo dia de trabalho.Sem dúvida demasiado longo.
Acordei cheia de sono, mas com uma energia renovada. Pois o meu coração palpitava por razões ainda desconhecidas.
À medida que o dia foi passando, essa alegria foi se desvanecendo.
Quando está quase a chegar a hora de poder sair desse local que me está a ofuscar o brilho. Pedem-me em tom de exigência que fique mais um "pouco". Ou seja, por tempo indeterminado até atingir os objectivos estabelecidos por outros.
Num transe de números, contas, e raciocínios, sinto-me anestesiada. Já nem sinto o sofrimento de ali estar. Apenas o transe.
O telemóvel toca... convidam-me a fugir, mesmo que seja por pouco tempo desse transe.
Aceito!
Leva-me onde nunca tinha ido, um lugar refugiado do mundo, afastado da realidade.
Onde pude usufruir do prazer de fumar e da sua presença. Da sua juventude. Da nuvem de fumo que se forma à minha volta.
É então que me promete " Da próxima levo-te a outro sitio. Vais gostar."
A sua voz num sussurro sedutor que me abraça, os seus olhos ternos fixados nos meus, fazem-me acreditar.
Quando regresso à realidade. Saio do local que à força me extraiu a alegria e deparo-me com um céu negro.

Já é noite!

Deixo-me levar até ao conforto do meu mundo, para que possa recuperar um pouco da minha alegria....

sábado, 26 de abril de 2008

Acordei e senti-me triste...

Acordamos com um sentimento de tristeza que nos corroi o coração.
Temos a sensação de que o tempo passado na cama durante a noite não nos deu o descanso necessário para mais um dia.
Alguém nos liga e diz: "vamos beber café."
Lutamos contra o cansaço e a vontade de nos escondermos do mundo.
O dia lá fora está repleto de energia e sol.
Vamos beber o tal café com a pessoa que nos deu energia para lutarmos contra a vontade de ficar na cama, com esperança que assim o dia passa-se mais depressa.
E apesar de estar resplandescente, pergunta-me: "tás bem?"
Ele sabe bem qual é a resposta. Mas pergunta na mesma porque quer que eu saiba que se preocupa.
Quando pensamos "agora vou esconder-me na sombra fresca do meu lar" ele convida-me a ir dar um passeio.
Dirigimo-nos para o carro dele, e apercebo-me que ele já tinha tudo planeado. O carro estava parado à porta de minha casa e tinha um presente para mim. Que havia trazido dos Açores, aquando da sua estadia lá poucos dias antes.
Leva-me à praia!!!
As saudades que eu tinha de sentir o cheiro do mar.
Ele parece saber sempre o que preciso.
As saudades de ir a casa assaltam-me de inesperado. Mas ele distrai a minha atenção para que os meus pensamentos não fujam para onde não devem, e eu fique ausente.
Depois de partilharmos uma esplanada ao sol, à beira mar regressamos a casa.
Mas fazemo-lo por estradas secundárias. Para que possamos usufruir da beleza que a paisagem nos proporciona. Por entre espaços verdes que nos refrescam com a sua sombra.
Vamos a caminho da nossa realidade, mas antes que volte à minha realidade, ele proporciona-me momentos de alegria e de carinho que me fazem sentir bem e amada.
Quando chegamos a casa, ele convida-me a subir.
Faço-lhe companhia enquanto fuma.
Como estou cansada, recosto-me nos seu sofá.
Ele recosta-se comigo e dá-me o seu corpo para que me possa encostar e aconchegar-me.
O mimo é das melhores coisas que nos podem dar.
E ele sabe fazê-lo como mais ninguém.
Talvez assim seja, por tudo o que nos une, por tudo o que já nos uniu.
Sentir-me aconchegada e mimada por alguém que amo.
Sentir o seu corpo, a sua respiração.
As emoções assaltam-me.
Mas eu não tou apaixonada.
Amo-o como amigo.
Sabe muito bem partilhar essa intimidade do meu ser com alguém que me conhece tão bem.
E que me sabe acarinhar tão bem.
Que me sabe fazer sorrir e rir mesmo quando estou triste.
E num abraço fazer-me sentir completa.

Crua

Como é habito estive a ler a última edição da revista CRUA. A primeira coisa que faço é procurar texto de Pedro Palrão. A sua escrita tem a capacidade de me fazer despertar emoções e recordações.
Convido-vos a lerem o que escreve, pois a sua escrita é muito própria e parece que fala na primeira pessoa, como tendo passado por tudo o que escreve.

Turbulência de Emoções

Todos os dias somos assaltados por um mar de emoções.
Emoções de carinho, amor, ódio, desilusão, paixão.
Emoções essas que nos torvam a vista.
Como ter a percepção correcta das coisas...
E fazer o mais correcto.