Fui "obrigada" a reduzir o meu periodo de férias. O argumento apresentado foi: "Tens de estar pelo menos duas semanas com a pessoa que será contratada para desempenhar as tuas funções". Fica à espera de ver quando é que iam contratar a dita cuja pessoa. Passadas duas semanas fizeram entrevistas à pressão. A condição de contratação era: "tem de estar disponivel já segunda feira". Há que ter em consideração que isto me foi dito na quarta. Hoje que é quinta foi me apresentada a pessoa que irá substituir-me. Uma menina, acabadinha de se licenciar, não sei em quê, loirinha e com ar de quem não sabe nada. Como alguém se expressou: "deslavada".
Enquanto isto os meus colegas de trabalho vão ficando cada vez mais espaçosos.
A boss comunica-me que durante as duas semanas de aprendizagem que se avisinham terei de estar a desenvolver um trabalho altamente meticuloso. Ela está à espera que eu faça as duas coisas ao mesmo tempo. Ensine uma pessoa que não sabe nada e que faça o meu trabalho. A questão é: Como poderei fazê-lo ao mesmo tempo se ambos os trabalhos requerem concentração? E pior um dos trabalhos estarei a ensinar alguém a fazer.
Após alguma meditação, ou não, a solução que me foi a presentada foi: fazes o teu trabalho e a menina nova que se desenrrasque como tu também o fizeste. Ela é que tem de provar o que vale, não tu.
E assim se irão passar as próximas duas semanas.
O que me vale é a minha parceira incondicional. Vou ter saudades de trabalhar com ela. Uma excelente profissional que está sempre pronta a partilhar os conhecimentos que tem.
A tolerância à tanta incompetência que nos rodeia começa a ser extremamente escassa. Por isso apoiamo-nos uma à outra.
São estas amizades que fazem valer a pena darmos um pouco de nós todos os dias.
Fico feliz por ter esta sorte.
No final de todo este sacrificio terei a minha semaninha descansada!!!
B-e-i-j-o
Há 4 anos
1 comentário:
Já, e apenas por acaso, te ocorreu que as pessoas de quem falas possam ler o que escreveste?
Será que a essência da tua personalidade te permite ter orgulho de considerações tão tristes?
Ah... Já que lês tanto, antes um e ou i, não se coloca um ç mas sim u c!
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